Quando se fala em qualificação para o aprimoramento das competências técnicas e comportamentais de conselheiros de administração, a educação continuada é tema relevante nas agendas, isso porque a atualização se faz cada vez mais necessária ao nos referirmos à evolução do sistema de governança, que engloba tópicos como impactos econômicos, sociais e ambientais resultantes das decisões em conselho, transformação digital e inovação.

E para fortalecer competências e desempenho de conselheiros, o IBGC oferece o Curso Avançado para Conselheiros de Administração que propõe a ampliação de conhecimentos e discussões sobre o ambiente de negócios.

Para abordar o assunto, o Blog IBGC convidou o coordenador do curso, o professor Oscar Boronat, CEO e conselheiro de administração na América Latina e Europa, e private counsellor de lideranças. O professor aponta que a base da dinâmica do curso é o equilíbrio entre o compartilhamento de experiências dos participantes e dos painelistas. Acompanhe:

Oscar Boronat: Nem tanto a atualização, mas a evolução propriamente do conhecimento como um valor individual, é determinante na qualidade do desempenho e da oferta de valor de qualquer profissional. Na oferta de valor, a menor componente é o que o profissional fez no passado ou os cargos ocupados e a maior é o valor que ele tem a agregar, hoje!

Mantenho um acompanhamento do que leio, assisto, estudo e do que compartilho, pois me mantém fora da zona de conforto. Atenção, porém, pois você pode fazer um sem-número de cursos, mas se não consolidar o aprendizado praticando-o on the job ele vai acabar esquecido muito rapidamente.

Desafios futuros? Que tal os desafios atuais antes? Acho ótimo explorarmos a governança corporativa com alguma futurologia, mas, até mesmo pelos motivos já expostos, estamos um ou dois passos atrás daquilo que pode ser o desempenho de um colegiado atualmente. Um desafio permanente é o conjunto de comportamentos que nos qualificam ou não como donos de inteligência emocional. Um colegiado é composto de gente... pelo menos por enquanto, e saber lidar com os outros, saber ouvir, ter conversas difíceis, administrar o ego, ajustar o “idioma” àquele que o interlocutor entende, é e sempre será o maior desafio de aprendizado e competência na sala do conselho.

De resto, mais atenção com a geopolítica por seus impactos no transporte e na exploração das matérias primas, nas novas ferramentas digitais cuja operação pode ser por especialistas, mas sem que você desconheça o seu funcionamento e a abrangência das informações, sabendo escolher e interpretá-las, pois as decisões se tornaram menos intuitivas pela natureza inédita e volátil do contexto, não admitindo procrastinação por motivo algum.

Finalmente, confiar mais em políticas que fazem cumprir os propósitos do negócio, do que nas siglas e propostas de consultoria que geram modismos rebatizados. Saber diferenciar resultados imediatistas dos resultados de longo prazo, aqueles que parecem estar tão distantes ou em outras mãos que nem os avaliamos e com isso perdemos o argumento de que benefícios sociais retornam sob forma de redução de impostos, ou redução de custos.

Um último desafio: saber dizer não a um conselho ao qual seus valores não aderem, preferencialmente antes de ter dito sim ao convite.

A essência do curso avançado é a prática sem paradigmas da governança corporativa on the job. Vale dizer, a prática da governança de qualidade não necessariamente igual em todos os contextos, mas eficaz, confiável e agregando valor ao negócio seja ele de que porte ou natureza for.

A base da dinâmica do curso avançado é o equilíbrio entre o compartilhamento de experiências dos participantes e dos painelistas, devidamente estimulada pela coordenação, fazendo com que temas de vanguarda sejam explorados na prática realista, atingindo grau de conhecimento ainda não corrente. Um fórum prático e pragmático onde todos aprendem e mudam seu funcionamento em colegiados.

Não há duas edições iguais no curso avançado por sua atualização e mudanças de viés para cada tema.

É muito comum que discussões sobre direcionamento estratégico acabem sendo mais táticas do que visionárias. Isto não provoca mudanças. Nosso intuito no curso é estimular o pensar estratégico e com isso simular a discussão pelo colegiado do que realmente importa para o futuro do negócio.

Uma série de mini cases reais são apresentados e debatidos com este intuito, o que nos leva aos verbos que a liderança, seja executiva ou de governança, deve conjugar, bem como suas diferenças no contexto do seu exercício. Por exemplo, em termos de planejamento estratégico, o executivo tem foco no budget, portanto o verbo seria planejar, enquanto o conselheiro tem que focar na direção que os números apontam, o que refletiria na conjugação do verbo direcionar.

Acesse este link e obtenha mais informações sobre o curso Avançado para Conselheiros de Administração.