No dia 27 de novembro, o IBGC completou 28 anos de história, reconhecido como referência nacional e internacional em governança corporativa. E justamente essa foi a data escolhida para a segunda edição do Governança 360, maratona de palestras e debates sobre temas diversos relacionados à governança corporativa, realizada nos formatos presencial e on-line – com curadoria das dezesseis comissões temáticas do Instituto.

Esse entrelaçamento das celebrações de quase três décadas de IBGC com um evento de grande porte como o Governança 360 foi também uma forma de agradecer e de evidenciar o quanto os associados são fundamentais para o crescimento do Instituto, e consequentemente, para a evolução da governança no Brasil.

Com isso, ao final do evento, foi promovido um brinde entre membros do conselho de administração do IBGC, diretoria, associados presentes, integrantes das comissões temáticas do instituto, e equipe administrativa. Na oportunidade, Pedro Melo, diretor geral do instituto, afirmou: “A trajetória de crescimento e de sucesso do IBGC não seria concretizada sem uma rede diversa de agentes - articulada e engajada genuinamente com a causa de uma governança melhor para uma sociedade melhor”.

Em sua fala na abertura da segunda edição do Governança 360, Márcia Aguiar, diretora de marketing e relacionamento, relembrou a experiência inovadora que foi a primeira edição desse evento, realizada em agosto. “Foi um sucesso, graças à energia dos associados, voluntários e de toda a equipe IBGC. Deu tudo tão certo que estamos aqui em mais um Governança 360, ainda em 2023”.

Para dar início às sessões, Kai Enno Lehmann, professor de Relações Internacionais na Universidade de São Paulo, abordou um tema muito atual e complexo: ”Riscos Geopolíticos e impactos das guerras da Ucrânia e Israel”. Em seguida foram iniciadas as palestras e debates sobre temas como: ética e integridade; diversidade e equidade; inovação; governança em empresas familiares; deveres fiduciários; remuneração e metas ESG; e comitês de auditoria. A seguir, selecionamos alguns destaques de cada sessão. Confira:

● Stewardship de investidores e a Resolução 193 da CVM - abordou a adesão voluntária em 2024 e 2025 das empresas ao padrão global de sustentabilidade – pela Resolução CVM 193, passará a ser obrigatório. Além disso, foram discutidos alguns parâmetros de sustentabilidade.

● Equidade e diversidade no conselho de administração - Os debatedores falaram sobre o Anexo ASG da B3 que, no modelo pratique ou explique, fomenta a diversidade e inclusão nas companhias abertas, bem como a adoção na prática, pela perspectiva de quem vivencia os benefícios de D&I na composição do conselho.

● Integridade e ética como alicerces da reputação corporativa - Neste painel, incidentes de má conduta e desconexão com os valores e princípios da organização, os desvios comportamentais e ações antiéticas foram colocados como cerne da origem de todos os problemas de crises reputacionais.

● Governança e a remuneração variável executiva atrelada a metas ESG - Os debates focaram principalmente a integração da estratégia ESG à remuneração executiva por meio de uma experiência prática, que proporciona, além de uma visão de amadurecimento de governança, uma perspectiva futura de transição para uma economia de baixo carbono e inclusiva.

● Propósito e desdobramento da estratégia: sucesso sustentável - A discussão ao longo da sessão ressaltou fortemente que a sustentabilidade das organizações passa por redesenho, redefinição do modelo de negócios, processos, lideranças, conselhos e governança.

● Atuação do comitê de auditoria no assessoramento eficaz do conselho de administração - A palestra apresentou percepções de profissionais atuantes sobre a efetividade do comitê, com suas regras, qualificações, papéis, responsabilidades, atribuições, pressões, dilemas e conflitos.

● Governança com inovação em um mundo em transformação - Em ação interativa, o grupo levantou com os participantes as cinco principais tendências que podem mudar a governança: inteligência artificial no suporte à governança; capitalismo de stakeholders e ESG; reinvenção dos modelos de negócios; priorização do propósito como tendência de transformação em governança; e evolução das formas de trabalho.

● Conselho consultivo em empresas familiares: perspectivas e relevância - Este painel final se propôs a abordar a relevância da adoção de boas práticas de governança corporativa por empresas de controle familiar, e a opção pela constituição de um conselho consultivo para apoiar e potencializar tal adoção e aprimoramento.

As comissões temáticas do IBGC são compostas integralmente por associados que atuam de forma colaborativa em 16 frentes. Conheça aqui as comissões e seus membros.

Foto: Ricardo Hara.