A manhã dessa quinta-feira, 27 de março, reuniu mais de quatrocentos participantes, entre associados do IBGC e não-associados, para o lançamento da publicação Sistema de integridade: fundamentos e boas práticas na sede do instituto, em São Paulo (SP). O evento ocorreu de forma híbrida, com transmissão via YouTube.

Para iniciar, a diretora-geral do instituto, Valeria Café, saudou o público e apresentou a pesquisa, destacando que esta foi um desdobramento da publicação Compliance à Luz da Governança Corporativa, de 2017. “Os programas de integridade passaram por importantes mudanças ao longo dos anos com novas leis e regulamentos, e investimentos das organizações em instrumentos de integridade”, pontuou.

Para apresentar o processo e os principais pontos da publicação, Valeria chamou ao palco Marilza Benevides, coordenadora-geral do projeto, que também ficou responsável por mediar um dos painéis.

Marilza relembrou a trajetória da publicação que levou cerca de dois anos para ficar pronta. “Um grupo de pessoas percebeu que o mundo estava mudando; os desafios políticos, econômicos, sociais e ambientais estavam se escalando para outro patamar, então era a hora de nós revermos o que chamávamos de programa de compliance para um verdadeiro sistema de integridade, que é muito mais amplo”, comentou.

A programação do evento contou ainda com dois painéis após a fala de Marilza, confira abaixo mais detalhes sobre cada um.

Painel 1: Como o contexto político, econômico e social podem impactar a cultura de integridade das organizações?

O primeiro painel foi mediado por Valeria Café e teve Bruno Lasansky, sócio e CEO da Localiza&Co, Estevan Sartorelli, cofundador da Dengo e embaixador Endeavor Brasil, e Tania Consentino, vice-presidente de cibersegurança da Microsoft América Latina, como palestrantes. Para iniciar os debates e reflexões, a diretora-geral do instituto questionou como a integridade é vivenciada em cada uma das organizações dos painelistas.

Tania iniciou pontuando que a confiança é essencial para a relação entre todas as partes na Microsoft. “A Microsoft tem três valores: respeito, integridade e responsabilidade – e isso norteia tudo o que a gente faz”, explicou.

Já Estevan ressaltou que o que faz uma empresa ser mais integra que a outra, tendo em vista que boa parte das empresas brasileiras, sejam elas de capital aberto ou privado, têm um conjunto de valores, práticas e controles que são nobres, são as atitudes do dia a dia.

Painel 2: Desafios e redes de apoio ao sistema de integridade

Marilza Benevides retornou ao palco para fazer a mediação do segundo painel que contou com a participação de Odair Oregoshi, coordenador da plataforma anticorrupção do Pacto Global Brasil, Marcelo Vianna, secretário de integridade privada da Controladoria-Geral da União (CGU) e Patricia Godoy, LATAM compliance officer da Gallagher.

Para Marcelo Vianna o grande teste do sistema de integridade se dá quando o problema já aconteceu. “Aqui temos o conhecimento de que por melhor que seja o sistema de integridade de uma empresa, ela nunca está imune a que algum desvio aconteça”, frisou.

Confira o evento na íntegra clicando aqui.