Em 2024, o IBGC chegou à 25ª edição do seu Congresso anual, e colocou o holofote no tema “cultura”. Mas, como a cultura impacta na estratégia dos negócios? Qual é o papel da governança corporativa na construção do ecossistema de negócios brasileiro? Cultura de governança gera quais resultados para uma organização?
A 6a. Edição do Código de Melhores Práticas em Governança Corporativa, publicada pelo IBGC em 2023, traz, como essência da Governança a cultura de integridade, buscando o compromisso das organizações em "praticar e promover o contínuo aprimoramento da cultura ética na organização, evitando decisões sob a influência de conflitos de interesses, mantendo a coerência entre discurso e ação e preservando a lealdade à organização e o cuidado com suas partes interessadas, com a sociedade em geral e com o meio ambiente".
Para ampliar e ao mesmo tempo aprofundar este tema, apresentamos três premissas de cultura que se integram com a estratégia e a governança corporativas.
1a. Premissa: Cultura é o modo como as coisas são feitas. Esta condição implica na construção de processos, rituais e comportamentos voltados a uma cultura efetiva (forte e saudável). Nesta direção, as práticas de governança geram transparência e confiança na relação com os diferentes stakeholders. Já a estratégia, quando explícita e conectada ao propósito e aos valores, orienta o comportamento tanto dos acionistas, quanto dos clientes, fornecedores e colaboradores.
2a. Premissa: Cultura é a nova fronteira de vantagem competitiva. Uma cultura para ser efetiva, precisa ser forte e saudável. Sua força está no quanto é clara, explícita e intencional, já sua saúde é medida pelo engajamento gerado pelos diferentes stakeholders. Acionistas, parceiros, clientes e colaboradores reconhecem o que se faz e o que não se faz na organização.
3a. Premissa: Não existe evolução cultural sem a evolução das pessoas. O caminho de desenvolvimento da cultura de governança é a evolução da consciência e a deliberação voluntária das pessoas, especialmente líderes empresariais, governamentais e da sociedade civil. Desta maneira, a cultura ética e de integridade se faz nas decisões que são a base do processo de governança.
A governança corporativa pode ser catalisadora de transformações, inovação e empreendedorismo na direção da relação com a sociedade e com o meio ambiente, resultando no atual ESG. Temas como IA, ameaças digitais, saúde mental, impactos ao meio ambiente, educação, transparência na relação com investidores e demais stakeholders, sucessão e sustentabilidade do negócio, enfim, são todas questões que perpassam cultura, estratégia e governança.
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