Roberta Carneiro assume a coordenação do Núcleo Bahia

“Estruturamos uma agenda estratégica para 2025 que promova a preservação e a geração de valor sustentável no longo prazo”

  • 13/01/2025
  • Victor Santos e Angelina Martins
  • Bate-papo

A associada Roberta Carneiro assumiu, no último mês de novembro, a coordenação geral do Núcleo Bahia, fundado em 2021. Além de Roberta, atuam como coordenadores: Albérico Mascarenhas, Carolina Mendes, Ruy Andrade e Vandré Pereira.

Advogada especialista em governança corporativa, sistema de integridade e compliance, ética empresarial e ESG, Roberta faz parte do comitê de auditoria na Embasa e do comitê de ética da Carbono. Mestre em Direito, coordenou o Comitê de Ética na Governança do IBGC, até dezembro de 2024. É sócia-fundadora da Eticar e sócia da Sommos Integridade Pública.

O Blog IBGC entrevistou Roberta para conhecer suas impressões sobre a economia local, e suas expectativas e planos para 2025. Acompanhe:

Blog IBGC: Poderia abordar o cenário da economia baiana?
Roberta Carneiro: De acordo com o último levantamento do IBGE, o Produto Interno Bruto (PIB) da Bahia representa 28,3% do PIB do Nordeste, consolidando o estado como uma potência econômica regional. Entre os principais setores, o de serviços corresponde a 62,7% do valor adicionado, enquanto a indústria responde por 25,9%.

Esse desempenho coloca a Bahia em posição de destaque: o setor de serviços e comércio representa cerca de 30% do total nordestino, enquanto a indústria de transformação soma 35%. Salvador, a capital baiana, é a 8ª maior produtora de serviços e detém o 9º maior PIB industrial entre as capitais brasileiras.

Qual o perfil empresarial da região?
Um aspecto marcante da economia baiana é o perfil familiar da maioria das empresas, reflexo do panorama nacional. A relevância dessas organizações fica evidente na recente lista Exame Melhores e Maiores 2024, em que 17 empresas baianas figuram entre as maiores do país, sendo mais da metade delas familiares.

Contudo, um dado preocupante chama a atenção: 75% dessas empresas familiares não sobrevivem após a sucessão para os herdeiros, de acordo com a PwC. Esse cenário evidencia a necessidade urgente de difundir boas práticas de governança para garantir a sustentabilidade e o crescimento dessas organizações.

Qual a agenda de governança do Núcleo Bahia para 2025?
Estruturamos uma agenda estratégica para 2025, para promover a adoção da governança como ferramenta essencial para a preservação e a geração de valor sustentável no longo prazo. Entre os destaques estão:

• Eventos de alto nível: almoços entre associados, com a presença de grandes especialistas nacionais para debater temas relevantes, como por exemplo atratividade de investimentos, sustentabilidade e acesso ao mercado de capitais.
• Fórum de Empresas Familiares: um espaço de benchmarking e compartilhamento de experiências sobre governança, superação de desafios e melhores práticas para organizações de controle familiar.
• Espaços Colaborativos: eventos temáticos e encontros voltados à troca de conhecimentos entre participantes.
• Seminário Nordeste 2025: será o maior evento do IBGC na região em 2025, reunindo especialistas e empresários para debater o papel da governança no desenvolvimento local.

Essa agenda reflete a visão do Núcleo Bahia de que a governança corporativa vai além de um diferencial competitivo: é elemento indispensável para a perenidade das organizações, especialmente em um estado com forte dependência de empresas familiares e setores estratégicos como o agronegócio.

Fale sobre a proposta de interiorizar a governança no estado.

Esse é um eixo estratégico para 2025, com foco no fortalecimento da governança no agronegócio. Esse setor representa 21,1% do PIB baiano, 53,4% das exportações e cerca de um terço dos empregos gerados no estado, segundo a Secretaria da Agricultura, Pecuária, Irrigação, Pesca e Aquicultura da Bahia. Para essa iniciativa, o ponto de partida escolhido foi a região que compõe o Matopiba (acrônimo para a região composta por territórios de quatro estados, Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia). Destaque para uma parceria estratégica no município baiano de Luís Eduardo Magalhães, um dos principais polos do agronegócio nacional.

Nessa perspectiva, poderia comentar um pouco mais sobre as parcerias já firmadas?
Além das ações programadas, o IBGC está firmando parcerias com associações e institutos relevantes, buscando ampliar a disseminação do conhecimento sobre governança no estado. Essas articulações visam alcançar empresas de diferentes perfis e tamanhos, levando ferramentas práticas e conhecimentos que possam impactar positivamente a gestão empresarial e a economia. .

Com iniciativas voltadas à capacitação, interiorização e troca de experiências, o Núcleo Bahia reafirma seu compromisso com a disseminação da governança como um pilar estratégico para o desenvolvimento sustentável da economia local. Ao promover a adoção de práticas de governança alinhadas às melhores referências globais, o IBGC busca fortalecer não apenas a competitividade das empresas baianas, mas também contribuir para a criação de um ambiente de negócios mais sólido, atrativo para investimentos e capaz de gerar valor de longo prazo.




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