O IBGC sediou o evento
Rumo à COP30: Transparência, Taxonomia e o Papel das Empresas na Agenda em Belém nesta quarta-feira, 18 de junho, em parceria com o
Chapter Zero Brazil. O evento reuniu conselheiros, executivos e profissionais de sustentabilidade para discutir temas cruciais da agenda climática.
Luiz Martha, diretor de Conhecimento e Impacto, iniciou a abertura institucional destacando a importância desse tipo de discussão no ambiente corporativo. “Entendemos que colocar esse tema na pauta dos conselhos é muito mais do que um dever, mas também uma questão de negócios para entender riscos e oportunidades”, explicou.
Em seguida, Luiz anunciou o primeiro painel da manhã: Transparência sobre clima e sustentabilidade que contou com a presença de Eduardo Flores, professor do departamento de contabilidade e atuária da FEA-USP, Linda Murasawa, coordenadora de engajamento do setor financeiro do Climate Finance Hub Brasil, e Matias Cardomingo, coordenador-geral de análise de impacto social e ambiental do Ministério da Fazenda.
Durante a sua fala, Matias Cardomingo destacou a importância da realização da COP30 no Brasil, relembrando ainda exemplos como o nascimento das COPs no Rio-92 e dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) no Rio+20. “A oportunidade que nós temos é de marcar mais uma vez o Brasil no papel de extrema relevância para o multilateralismo”, enunciou.
Linda Murasawa expressou a importância de entender a dinâmica meio ambiente e empresa em sua fala. “Nós estamos criando uma escassez que é desnecessária para nós mesmos porque a gente tá encarecendo a produção e os custos”, alertou.
Logo em seguida, Valeria Café subiu ao palco para anunciar os próximos painelistas: Cristiana Pipponzi, membro dos conselhos de administração da RD Saúde e do Banco Santander Brasil, e Ricardo Mussa, chair da SB COP (Sustainable Business COP), para falarem sobre a atuação do setor empresarial na COP30 — segundo painel do dia.
Cristiana apontou que a conversa sobre COP30 não é mais nichada: governos, eleições e empresas, por exemplo, já passaram a trazer o tema para seus focos de discussão — e isso significa que o tema escalonou para outros espaços. “A conversa já saiu de um lugar de poucos para estar em quase todos os lugares porque isso é oportunidade de negócio, isso não está só na avaliação de risco”, explicou.
Para encerrar a sua fala, Ricardo destacou a importância de mudar de perspectiva e passar a ver o Brasil como solução e não parte do problema. “Acho que chegou o momento de nos unirmos mais e falar bem do nosso país. É uma chance de mostrar o que tem de bom, apesar de todos os problemas”, refletiu.