O IBGC conta com doze regionais para disseminar as boas práticas de governança corporativa por todo o país. Segundo o
Regulamento dos Capítulos, o objetivo destes difundir o propósito do IBGC nas respectivas regiões, gerando valor para os associados e para o ecossistema regional;e manter o IBGC informado sobre a realidade e as expectativas regionais.
Por isso, o Blog IBGC entrevistou os coordenadores-gerais de algumas regionais para entender melhor quais são os desafios e os planos de governança corporativa nos negócios em 2025. Confira abaixo os depoimentos.
“Pernambuco tem avançado significativamente em governança corporativa nos últimos anos. Muitas empresas, especialmente de médio e grande porte, já estruturaram seus modelos de governança, fortalecendo seus processos decisórios. No entanto, ainda há amplo espaço para evolução em empresas menores, familiares e no setor público. Nos demais estados da área de abrangência do Capítulo PE do IBGC — SE, AL, PB e RN — os estágios de maturidade são diversos. Nosso desafio para 2025 é ampliar o acesso para quem já avançou na jornada e, ao mesmo tempo, desmistificar a governança e mostrar que ela é acessível, prática e essencial para organizações que buscam sustentabilidade, longevidade e melhores resultados.” — Adgenison Nascimento, coordenador-geral do Capítulo Pernambuco (e estados de abrangência AL, PB, RN e SE)
“Em 2025, o cenário de governança corporativa em Goiás é marcado por uma crescente preocupação com a sucessão nas empresas, especialmente as familiares, que compõem grande parte do tecido empresarial do estado; muitos desses negócios estão passando pela transição entre gerações. Esse movimento tem impulsionado a profissionalização da governança, por meio da criação de conselhos consultivos, implementação de políticas corporativas e adoção de práticas modernas de gestão. A profissionalização vem sendo vista como fundamental para garantir a perenidade das empresas, atrair investidores e promover uma cultura organizacional mais ética, transparente e resiliente frente aos desafios do mercado.” — Arthur Bueno, coordenador-geral do Capítulo Núcleo Centro-Oeste (e estados de abrangência GO, MT, MS, TO e RO)
"Em dezembro de 2024, tivemos o desmembramento do Capítulo de Brasília/Centro-Oeste, resultando no Capítulo Brasília e na criação do Núcleo Centro-Oeste. No Capítulo de Brasília, abrangendo o Distrito Federal, continuamos atuando com afinco em áreas já tradicionais, como a de governança de empresas estatais e de entidades do terceiro setor, como associações, fundações, cooperativas e fundos de pensão. Estamos fortalecendo outras áreas no DF, como empresas familiares, inovação e diversidade. Também estamos desenvolvendo a área de governança em saúde, aproveitando a experiência de associados no tema e a força desse setor em Brasília. Estamos realizando eventos, visitas e cursos para esses diferentes públicos no Capítulo ao longo de 2025." — Claudio Timm, coordenador-geral do Capítulo Brasília
“Nossa estratégia é de proximidade com as partes interessadas em governança. Nós estruturamos o Capítulo de forma a privilegiar o relacionamento, seja no âmbito pessoa física ou jurídica, mas de forma a levar a governança adaptada a cada um, a cada uma das necessidades da empresa. Então entendemos o momento da empresa: se é de sucessão, se é de mudança de estratégia, de crescimento, de crise. No caso de pessoa jurídica, estamos organizados por segmento de mercado, sendo os principais agro, alta tecnologia e indústria e comércio. E dividimos o interior paulista em cinco sub-regiões, com coordenadores responsáveis pelos relacionamentos em cada local. Assim, a nossa estratégia esse ano é a de aproximação para atender necessidades específicas.” — Fernando Aguirre, coordenador-geral do Capítulo Interior Paulista
"No Paraná, seguimos com o desafio de aproximar o tema governança das empresas, especialmente familiares e do interior do estado. Nossa agenda contempla encontros temáticos, visitas técnicas e ambientes pensados para networking e trocas qualificadas, visando fomentar conexões reais entre conselheiros experientes e aspirantes. O Seminário de Finanças e Governança é um dos nossos grandes marcos. Trabalhamos para quebrar a falsa percepção de que governança engessa — ao contrário, ela viabiliza, direciona e é para todos os negócios que buscam perenidade. O foco é claro — promover uma governança viva, aplicável e em constante evolução, conectada com os dilemas e oportunidades do mundo real.” — Janete Anelli, coordenadora-geral do Capítulo Paraná
“Santa Catarina tem se destacado pelo exemplo de empresas com continuidade e consistência em sua governança corporativa. Temos desenvolvido parcerias estratégicas com associações e entidades vinculadas à indústria e à tecnologia, o que tem ampliado a abrangência e o interesse de diferentes públicos para a evolução da governança. Nossos associados, empresários, conselheiros e especialistas têm estado conosco no engajamento de toda a comunidade. Estamos em 2025 avançando no conhecimento e nas práticas voltadas à governança em empresas familiares (legado e geração de valor), conselhos consultivo e de administração (dinâmica e efetividade), governança de impacto (sustentabilidade, diversidade, equidade e inclusão) e estruturação de governança (papel do Governance Officer, processos e IA). O caminho agora é seguir fortalecendo as diferentes macrorregiões do nosso estado.” — Leia Wessling, coordenadora-geral do Capítulo Santa Catarina.
“O desafio é de levar conhecimento para as diferentes regiões de Minas Gerais. À medida que saímos dos grandes centros, há a percepção de que as pessoas, sejam eles ou elas fundadores, herdeiros, sócios, diretores, investidores, conselheiros e profissionais, conhecem menos sobre governança corporativa. Dessa forma, buscamos levar conhecimento, compartilhar experiências e desmistificar percepções imprecisas ou mesmo equivocadas. Assim, desenvolvemos planejamento e planos de ação que envolvem a participação ativa de associados e iniciativas, por meio de squads temáticos. Ao longo de 2024, fomentamos uma iniciativa inovadora de descentralização a partir de um grupo de associados comprometidos de Uberlândia, formando o Squad Triângulo Mineiro. A ideia, então, é disseminar a governança corporativa em todo o estado de Minas Gerais.” — Luis Gustavo Miranda, coordenador-geral do Capítulo Minas Gerais
“No Capítulo Rio de Janeiro, seguimos trabalhando com foco em fortalecer parcerias para expandir o alcance da divulgação e adoção das melhores práticas de governança corporativa por profissionais e empresas. Através de parcerias com entidades como a Associação Comercial do Rio de Janeiro e a de Teresópolis, FIRJAN, BNDES Garagem, auditorias externas, só para mencionar algumas, temos a oportunidade de promover eventos, presenciais ou online, que abordem temas diversos relacionados à governança corporativa e atendam empresas de diferentes perfis e porte, de capital aberto ou fechado. Para nós, está claro que só através de efetiva colaboração, conseguiremos ajudar às empresas e seus profissionais a se tornarem mais resilientes e enfrentarem a constante volatilidade do mercado. São pequenos passos frente aos vários desafios que temos no estado, inclusive no tocante à perda de protagonismo em muitos setores da indústria e comércio, mas é nossa forma de contribuir.” — Patrícia Garcia, coordenadora-geral do Capítulo Rio de Janeiro
“A governança corporativa no Capítulo Ceará tem avançado significativamente, mas ainda enfrenta o desafio de ser percebida como uma aliada estratégica da gestão, e não apenas como uma exigência regulatória. O tema governança corporativa ainda é muito desconhecido nas empresas familiares do Ceará e demais estados que compõe o Capítulo Ceará (PI, MA, AM e PA). Um desafio é grande oportunidade para a atuação do IBGC, poder explicitar a nossa região que a governança pode gerar maior impacto, trazendo clareza nas decisões, transparência e perenidade. Em 2025, o foco está em mostrar que boas práticas de governança fortalecem a gestão e apoiam o crescimento sustentável dos negócios.” — Renata Santiago, coordenadora-geral do Capítulo Ceará (e estados de abrangência AM, MA, PA e PI)
“Em 2025, o Núcleo Bahia intensificará sua atuação para consolidar a governança como motor do desenvolvimento regional. A agenda inclui o fortalecimento da governança em empresas familiares, a interiorização do tema no agronegócio — com foco no Matopiba (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia) — e a promoção de eventos estratégicos, como o Seminário Nordeste. Avançamos também em parcerias com instituições como Amcham, ABRH Bahia, Fecomércio e Instituto WP, ampliando o alcance da governança em diferentes portes e setores. O desafio é tonar o tema conhecido e um sistema efetivo nas organizações, gerando valor de longo prazo para a economia regional.” — Roberta Carneiro, coordenadora-geral do núcleo Bahia