Comitê de Pessoas e a gestão do capital humano nas empresas

Para o conselheiro Joaquim Rocha, a área deve contemplar temas como saúde, avaliação de desempenho e gestão de talentos

  • 17/10/2024
  • Angelina Martins
  • Bate-papo

O comitê de pessoas de uma organização está diretamente ligado à gestão de seus colaboradores, tendo em vista seu apoio ao conselho de administração no que diz respeito à tomada de decisões relacionadas a estratégias, políticas e normas de recursos humanos.

Para detalhar o curso oferecido pelo instituto “Comitê de Pessoas, Cultura e Governança", o blog convidou o professor Joaquim Rocha, que leciona nos cursos: Conselheiros de Administração, Empresas Familiares e Comitê de Pessoas, entre outros. Além de ter integrado as comissões de Pessoas, do Congresso de Governança, Joaquim foi também membro da coordenação do Capítulo Rio de Janeiro. Conselheiro de administração e consultivo, com carreira executiva, Joaquim é sócio fundador da LUPA Desenvolvimento & Gestão.

Blog IBGC: Quais as responsabilidades de um comitê de pessoas?
Joaquim Rocha: O comitê de pessoas é responsável pela articulação de temas de gestão de capital humano no âmbito do conselho e estratégicos para a organização.

Uma agenda temática de valor deve contar com temas como a estratégia geral de capital humano, saúde, bem-estar e engajamento, educação continuada, avaliação de desempenho, gestão de talentos, remuneração e incentivos, sucessão, cultura organizacional e diversidade, inclusão e equidade (DIE), dentre outros a depender o estágio, desafios e segmento de atuação da organização.

Como deve ser a composição de um comitê de pessoas?
É preciso que o órgão tenha um caráter estratégico, agregue capacidade crítica à organização e seja composto, majoritariamente, por membros do conselho. Observadas essas orientações gerais, há flexibilidade na determinação de sua composição, cujo tamanho recomendado é de três a cinco membros.

O quadro de profissionais que irão compor o comitê é fundamental para o seu bom desempenho. Seus membros devem dispor de legitimidade, independência, conhecimento e experiência, e capacidade de interlocução com a diretoria executiva e com o conselho.

O comitê pode contar também com advisors/especialistas como membros formais. Além disso, poderá contar com consultorias para auxiliar em temas específicos, isenção, capacidade crítica e enriquecer as discussões com novas perspectivas, o que é desejável em órgãos colegiados.

Qual a importância do comitê nas discussões de conselhos e, consequentemente, na gestão de pessoas em uma empresa?
A atuação do comitê é voltada à agenda estratégica de gestão do capital humano, com o objetivo de subsidiar o conselho de administração com recomendações que poderão ou não ser aceitas.

Cabe ao comitê promover o debate e colocar na pauta do conselho, que é sempre muito disputada, temas estratégicos que irão orientar as práticas, os processos e as políticas executadas pela gestão de pessoas no dia a dia da organização.

O comitê na sua atuação “pendular”, além de levar direcionamentos do conselho para a diretoria, deve igualmente trazer as demandas da diretoria que forem válidas e relevantes para conhecimento e discussão no conselho. Além disso, o comitê tem o dever de prover recomendações confiáveis ao conselho, aumentando o nível deste em suas deliberações.

A atuação do comitê de pessoas pode ser considerada fundamental em gestão de crises?
A atuação do comitê de pessoas pode ser muito útil, associada a outros órgãos de governança, na gestão de crises para assegurar que as ações e posicionamento a serem adotados, além de contemplar processos humanizados de gestão, estejam alinhados com a cultura, valores e identidade da organização.

Além disso, o comitê pode atuar na prevenção de crises em potencial monitorando as informações/notícias/cenários que podem desencadear uma crise, bem como criar planos de contingência recomendando as ações mais indicadas a cada caso.

Poderia abordar a proposta do curso comitê de pessoas oferecido pelo IBGC?
O curso explora conceitos, princípios e estratégias da gestão de pessoas que contribuem para as boas práticas de governança corporativa e com isso provocar e despertar os participantes para um contínuo aprendizado e aprofundamento sobre o tema pessoas e cultura organizacional.

A metodologia do curso é totalmente focada na atuação prática e na dinâmica do comitê de pessoas no papel de assessoramento ao conselho de administração ou consultivo nos diversos tipos de organização.


Leia também a publicação do IBGC Comitê de Pessoas de Assessoramento ao Conselho: Orientações Práticas, disponível no Portal do Conhecimento.


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